Os derivados diidropiridínicos são um grupo de medicamentos que pertencem à classe terapêutica C08CA, segundo a classificação ATC. Esses fármacos são utilizados no tratamento da hipertensão arterial e podem ser encontrados em diversas apresentações farmacêuticas, como comprimidos, cápsulas e soluções injetáveis.
No Brasil, a hipertensão arterial é uma doença crônica que afeta cerca de 35% da população adulta. Essa condição pode levar a complicações graves, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência renal. Por isso, o tratamento adequado é fundamental para prevenir essas complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Os derivados diidropiridínicos atuam no controle da pressão arterial por meio do bloqueio dos canais de cálcio presentes nas células musculares lisas das artérias. Isso resulta em uma redução da resistência vascular periférica e consequente queda na pressão arterial.
Entre os principais medicamentos desse grupo estão o besilato de anlodipino, o cloridrato de nifedipino e o maleato de enalapril associado ao besilato de anlodipino. Esses fármacos são amplamente prescritos pelos médicos brasileiros e estão disponíveis em diversas marcas comerciais.
O besilato de anlodipino é um dos medicamentos mais prescritos para o tratamento da hipertensão arterial no Brasil. Segundo dados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), esse fármaco foi responsável por mais de 50 milhões de unidades vendidas em 2020. Além disso, o besilato de anlodipino é considerado um medicamento seguro e eficaz, com poucos efeitos colaterais.
O cloridrato de nifedipino também é um derivado diidropiridínico amplamente utilizado no Brasil. Esse fármaco apresenta uma ação mais rápida do que o besilato de anlodipino, sendo indicado para situações em que é necessário um controle imediato da pressão arterial. No entanto, o cloridrato de nifedipino pode causar alguns efeitos colaterais, como cefaleia e tontura.
O maleato de enalapril associado ao besilato de anlodipino é uma combinação fixa desses dois fármacos. Essa associação tem como objetivo potencializar os efeitos anti-hipertensivos dos medicamentos individuais, resultando em uma maior eficácia no controle da pressão arterial. Além disso, essa combinação pode reduzir a incidência de alguns efeitos colaterais observados com o uso isolado dos fármacos.
Em resumo, os derivados diidropiridínicos são um grupo importante de medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão arterial. Esses fármacos apresentam uma boa eficácia no controle da pressão arterial e são amplamente prescritos pelos médicos brasileiros. No entanto, cada paciente deve ser avaliado individualmente pelo seu médico para determinar qual o melhor tratamento para sua condição específica.