Os inibidores das fosfodiesterases (PDE) são uma classe de medicamentos utilizados no tratamento da disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar. O grupo ATC C01CE inclui os inibidores seletivos da PDE5, como o sildenafil, tadalafil e vardenafil.
No Brasil, a disfunção erétil afeta cerca de 50% dos homens acima de 40 anos, sendo que a maioria não procura tratamento. Os inibidores da PDE5 são uma opção eficaz para melhorar a qualidade das ereções e aumentar a satisfação sexual.
Os inibidores da PDE5 atuam bloqueando a enzima responsável pela degradação do monofosfato cíclico de guanosina (cGMP), um mensageiro químico que relaxa os músculos lisos dos corpos cavernosos do pênis. Isso aumenta o fluxo sanguíneo para o pênis, facilitando a ereção.
Os inibidores da PDE5 são administrados por via oral, cerca de 30 minutos antes da atividade sexual. A dose recomendada varia entre os medicamentos e deve ser ajustada individualmente pelo médico, levando em consideração fatores como idade, condições clínicas e uso concomitante de outros medicamentos.
Embora geralmente bem tolerados, os inibidores da PDE5 podem causar alguns efeitos colaterais comuns, como dor de cabeça, rubor facial e congestão nasal. Em casos raros, podem ocorrer alterações visuais ou auditivas temporárias ou permanentes.
Além do uso na disfunção erétil, os inibidores da PDE5 também são indicados para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar, uma condição que afeta os vasos sanguíneos dos pulmões e pode levar a insuficiência cardíaca. O sildenafil é o único medicamento aprovado pela Anvisa para essa indicação no Brasil.
Os inibidores da PDE5 são contraindicados em pacientes que usam nitratos orgânicos, como nitroglicerina, devido ao risco de queda abrupta da pressão arterial. Também devem ser usados com cautela em pacientes com doenças cardiovasculares graves ou hipotensão.
Em resumo, os inibidores das fosfodiesterases são uma classe importante de medicamentos utilizados no tratamento da disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar. Embora eficazes, devem ser prescritos e monitorados por um médico qualificado para minimizar o risco de efeitos colaterais e interações medicamentosas.