As emulsões gordas são medicamentos utilizados para nutrição parenteral, ou seja, quando o paciente não pode se alimentar por via oral. Esses medicamentos são compostos por uma mistura de óleos e lipídios que fornecem nutrientes essenciais para o organismo.
No Brasil, as emulsões gordas mais utilizadas pertencem ao grupo ATC B05BA02. Esse grupo inclui medicamentos como a emulsão lipídica de soja e a emulsão lipídica de óleo de peixe.
A emulsão lipídica de soja é composta por uma mistura de óleos vegetais, principalmente o óleo de soja. Ela fornece ácidos graxos essenciais, vitaminas lipossolúveis e energia para o organismo. É indicada para pacientes com deficiência nutricional ou que não podem se alimentar por via oral.
Já a emulsão lipídica de óleo de peixe é composta por uma mistura de óleos marinhos ricos em ácidos graxos ômega-3. Essa emulsão é indicada para pacientes com inflamação sistêmica ou com doenças cardiovasculares.
As emulsões gordas devem ser administradas sob supervisão médica e seguindo as orientações do fabricante. A dosagem varia conforme a necessidade do paciente e deve ser ajustada regularmente.
Apesar dos benefícios das emulsões gordas na nutrição parenteral, elas também apresentam alguns riscos. A administração inadequada pode levar à hipervolemia (excesso de líquido no organismo), hiperlipidemia (excesso de gordura no sangue) e outras complicações.
Por isso, é importante que a administração das emulsões gordas seja feita por profissionais capacitados e que o paciente seja monitorado regularmente.
No Brasil, as emulsões gordas são amplamente utilizadas na prática clínica. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram realizadas mais de 1 milhão de internações com nutrição parenteral no país.
Apesar disso, ainda há desafios a serem enfrentados na utilização desses medicamentos. Um estudo publicado em 2020 apontou que a falta de padronização na prescrição e administração das emulsões gordas pode levar a erros e complicações.
Portanto, é fundamental que os profissionais da saúde estejam atualizados sobre as melhores práticas na utilização das emulsões gordas e que haja investimento em capacitação e treinamento para garantir a segurança dos pacientes.