O grupo ATC A10BJ é composto por peptídeos análogos ao Glucagon-1 (GLP-1), que são utilizados no tratamento de diabetes mellitus tipo 2. Esses medicamentos têm como objetivo controlar a glicemia, reduzir o risco de complicações cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
No Brasil, a diabetes mellitus tipo 2 é uma doença crônica que afeta cerca de 13 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde. O uso dos peptídeos análogos ao GLP-1 tem se mostrado eficaz no controle da glicemia em pacientes com essa condição.
Os peptídeos análogos ao GLP-1 atuam estimulando a secreção de insulina pelo pâncreas e inibindo a liberação do hormônio glucagon. Isso resulta em uma redução da glicose sanguínea após as refeições e um aumento da sensibilidade à insulina.
Além disso, esses medicamentos também retardam o esvaziamento gástrico, o que contribui para uma maior sensação de saciedade e pode ajudar na perda de peso em pacientes com obesidade associada à diabetes mellitus tipo 2.
Entre os peptídeos análogos ao GLP-1 disponíveis no mercado brasileiro estão exenatida, liraglutida e dulaglutida. Esses medicamentos são administrados por via subcutânea e têm diferentes posologias e formas farmacêuticas disponíveis.
A exenatida é administrada duas vezes ao dia antes das refeições e está disponível em formulação injetável. Já a liraglutida é administrada uma vez ao dia, independentemente das refeições, e está disponível em formulação injetável ou caneta pré-carregada. A dulaglutida é administrada uma vez por semana e também está disponível em formulação injetável ou caneta pré-carregada.
Os peptídeos análogos ao GLP-1 são geralmente bem tolerados pelos pacientes, mas podem causar alguns efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e diarreia. Esses sintomas costumam ser leves a moderados e tendem a diminuir com o tempo de uso do medicamento.
É importante ressaltar que os peptídeos análogos ao GLP-1 não devem ser utilizados em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 ou em casos de cetoacidose diabética. Além disso, esses medicamentos devem ser prescritos por um médico especialista em diabetes mellitus tipo 2.
Em resumo, os peptídeos análogos ao GLP-1 são uma opção terapêutica eficaz no tratamento da diabetes mellitus tipo 2. Esses medicamentos atuam no controle da glicemia, reduzem o risco de complicações cardiovasculares e podem ajudar na perda de peso em pacientes com obesidade associada à doença. No entanto, é importante que seu uso seja acompanhado por um médico especialista para garantir sua segurança e eficácia no tratamento da condição.