O grupo ATC A10BD é composto por associações de hipoglicemiantes orais, que são medicamentos utilizados no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Essas associações são compostas por dois ou mais hipoglicemiantes orais que agem de forma complementar para controlar os níveis de glicose no sangue.
No Brasil, o diabetes mellitus tipo 2 é uma doença crônica bastante prevalente, afetando cerca de 13 milhões de pessoas. O tratamento do diabetes tem como objetivo principal controlar os níveis de glicose no sangue e prevenir complicações a longo prazo, como doenças cardiovasculares, neuropatias e retinopatias.
As associações de hipoglicemiantes orais são uma opção terapêutica importante para o controle do diabetes mellitus tipo 2. Elas oferecem vantagens em relação ao uso isolado dos hipoglicemiantes orais, como maior eficácia no controle da glicemia e menor risco de efeitos colaterais.
Entre as associações disponíveis no mercado brasileiro estão a metformina + glibenclamida, metformina + sitagliptina e metformina + pioglitazona. A metformina é um dos hipoglicemiantes mais prescritos no mundo todo e atua reduzindo a produção hepática de glicose e aumentando a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos. Já a glibenclamida estimula a secreção pancreática de insulina e reduz a produção hepática de glicose. A sitagliptina inibe uma enzima responsável pela degradação de um hormônio chamado GLP-1, que estimula a secreção pancreática de insulina e reduz a produção hepática de glicose. Por fim, a pioglitazona aumenta a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos e reduz a produção hepática de glicose.
Estudos clínicos têm demonstrado que as associações de hipoglicemiantes orais são eficazes no controle da glicemia em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Além disso, elas apresentam menor risco de hipoglicemia do que o uso isolado da glibenclamida ou da insulina.
É importante ressaltar que o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 deve ser individualizado e levar em consideração as características clínicas e metabólicas do paciente. As associações de hipoglicemiantes orais podem ser uma opção terapêutica interessante para pacientes com níveis elevados de glicemia mesmo após o uso isolado da metformina ou para aqueles com contraindicação ao uso da insulina.
Em resumo, as associações de hipoglicemiantes orais são uma opção terapêutica importante para o controle do diabetes mellitus tipo 2. Elas oferecem vantagens em relação ao uso isolado dos hipoglicemiantes orais e apresentam menor risco de hipoglicemia do que o uso isolado da glibenclamida ou da insulina. O tratamento do diabetes mellitus tipo 2 deve ser individualizado e levar em consideração as características clínicas e metabólicas do paciente.