O grupo ATC A05C é composto por fármacos que agem sobre as vias biliares e são associados a lipotrópicos. Esses medicamentos têm como objetivo melhorar a função hepática e reduzir os níveis de gordura no fígado.
No Brasil, estima-se que cerca de 30% da população sofra com algum tipo de doença hepática, sendo a esteatose hepática uma das mais comuns. A esteatose ocorre quando há acúmulo excessivo de gordura no fígado, podendo levar a complicações mais graves como cirrose e câncer hepático.
Os medicamentos do grupo ATC A05C atuam na prevenção e tratamento dessas doenças, ajudando na eliminação da bile e reduzindo os níveis de colesterol no sangue. Além disso, esses medicamentos também podem ser utilizados para tratar problemas relacionados à vesícula biliar, como cálculos biliares.
Entre os principais medicamentos do grupo ATC A05C estão o ácido ursodesoxicólico e o bezafibrato. O ácido ursodesoxicólico é um lipotrópico natural produzido pelo organismo humano que ajuda na dissolução dos cálculos biliares. Já o bezafibrato é um fibrato que age reduzindo os níveis de triglicerídeos no sangue.
É importante ressaltar que esses medicamentos devem ser prescritos por um médico especialista em hepatologia ou gastroenterologia. Além disso, eles devem ser utilizados com cautela em pacientes com insuficiência renal ou hepática grave.
No Brasil, estudos mostram que o ácido ursodesoxicólico é um dos medicamentos mais prescritos para o tratamento da esteatose hepática. Em um estudo realizado em São Paulo, foi observado que a utilização do ácido ursodesoxicólico por seis meses resultou em uma redução significativa nos níveis de enzimas hepáticas e na melhora da função hepática.
Outro estudo realizado no Rio de Janeiro mostrou que a combinação do ácido ursodesoxicólico com o bezafibrato resultou em uma redução ainda maior nos níveis de triglicerídeos e colesterol no sangue.
Em resumo, os medicamentos do grupo ATC A05C são importantes aliados no tratamento e prevenção de doenças relacionadas ao fígado e às vias biliares. No entanto, é fundamental que eles sejam prescritos por um médico especialista e utilizados com cautela em pacientes com insuficiência renal ou hepática grave.