Os fármacos com ação sobre o fígado são classificados no grupo ATC A05BA. Esses medicamentos têm como objetivo tratar doenças hepáticas, que podem ser causadas por diversos fatores, como uso excessivo de álcool, infecções virais e doenças autoimunes.
No Brasil, as doenças hepáticas são um problema de saúde pública. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados mais de 20 mil casos de hepatite viral aguda no país. Além disso, a cirrose hepática é responsável por cerca de 12 mil mortes anuais.
Os fármacos com ação sobre o fígado podem ser divididos em diferentes classes terapêuticas. Entre elas estão os hepatoprotetores, que têm como objetivo proteger as células do fígado e melhorar sua função. Esses medicamentos são indicados para pacientes com doenças hepáticas crônicas ou para aqueles que fazem uso prolongado de medicamentos que podem afetar o fígado.
Outra classe terapêutica importante é a dos antivirais para tratamento da hepatite viral. Esses medicamentos têm como objetivo combater os vírus responsáveis pela infecção e reduzir os danos ao fígado. O tratamento da hepatite viral é fundamental para prevenir complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.
Além disso, existem os colagogos e coleréticos, que estimulam a produção e excreção da bile pelo fígado. Esses medicamentos são indicados para pacientes com problemas na vesícula biliar ou nos ductos biliares.
É importante ressaltar que o uso desses medicamentos deve ser sempre orientado por um profissional de saúde. Alguns fármacos podem apresentar efeitos colaterais e interações com outros medicamentos, o que pode comprometer a eficácia do tratamento.
Além disso, é fundamental adotar hábitos saudáveis para prevenir doenças hepáticas. Isso inclui evitar o consumo excessivo de álcool, manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente.
Em resumo, os fármacos com ação sobre o fígado são importantes aliados no tratamento de doenças hepáticas. No Brasil, essas doenças representam um problema de saúde pública e exigem atenção especial dos profissionais de saúde. O uso adequado desses medicamentos, aliado a hábitos saudáveis, pode contribuir para a prevenção e tratamento dessas condições.