Os gastrocinéticos são medicamentos que têm como objetivo aumentar a motilidade gastrointestinal, ou seja, acelerar o trânsito dos alimentos pelo sistema digestivo. Esses medicamentos são classificados no grupo ATC A03FA.
No Brasil, os gastrocinéticos mais utilizados são a metoclopramida e a domperidona. A metoclopramida é um medicamento que atua estimulando os receptores de dopamina no trato gastrointestinal, o que aumenta a motilidade do estômago e do intestino delgado. Já a domperidona age bloqueando os receptores de dopamina no cérebro, o que leva ao aumento da motilidade gastrointestinal.
Esses medicamentos são indicados para pacientes com sintomas de dispepsia funcional, como dor abdominal, sensação de empachamento e náuseas. Também podem ser prescritos para pacientes com refluxo gastroesofágico e gastroparesia diabética.
Apesar de serem eficazes no tratamento dessas condições, os gastrocinéticos podem apresentar alguns efeitos colaterais indesejáveis. Entre eles estão a sonolência, tontura e cefaleia. Em casos raros, pode ocorrer reações alérgicas graves.
É importante ressaltar que esses medicamentos devem ser prescritos por um médico ou farmacêutico habilitado. O uso indiscriminado pode levar ao surgimento de resistência aos seus efeitos terapêuticos.
Em relação à disponibilidade desses medicamentos no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2020 foram comercializadas mais de 20 milhões de unidades de metoclopramida e mais de 2 milhões de unidades de domperidona.
Em resumo, os gastrocinéticos são medicamentos importantes no tratamento de condições gastrointestinais, como dispepsia funcional e gastroparesia diabética. No entanto, seu uso deve ser feito com cautela e sempre sob orientação médica ou farmacêutica.